sábado, 23 de julho de 2011

Inesperadamente





... Tum-Tum ... TUM-TUM ... Tum-Tum ...






Eu deito em meu travesseiro
e consigo ouvir as batidas do
meu coração.

Minha boca fica seca,
Uma vontade de gritar me invade
Mas a minha voz se cala,
Uma vontade de chorar me consome
Mas lembro-me de que ninguém pode me ouvir,
Então as lágrimas apenas escorrem
em meu rosto.

As coisas saíram do lugar, é como
se tivesse me dado uma espécie
de amnesia e agora eu não consigo mais
me lembrar o lugar certo de cada coisa.

Tudo escapa de minhas mãos, é como
se eu estivesse a todo instante tentando segurar o vento.
Sinto indo embora e mesmo assim tento segurá-lo,
Mais ele insiste em fugir por entre os meus dedos...

Eu só sei que dói, e dói muito,
Eu só sei que não estou bem,
Mais ainda está difícil para mim
nomear tudo que sinto.

Anseio dias melhores a cada vez
Que o sol brilha na janela do meu quarto,
E entrego tudo aquilo que ainda não consigo
dar nome nas mãos daquele que
sabe o nome de todas as coisas.

Eu não posso vê-lo, mais o sinto,
É como se ele sussurrasse em meus
ouvidos que está a me proteger e
que tudo isso, Vai valer a pena.


Dinah Bezerra

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